O Conselho Provincial de Salamanca, liderado por Javier Iglesias, anunciou na 36ª edição da Feira Internacional de Turismo (FITUR), que terminou no passado domingo em Madrid, a intenção de aquele organismo da administração regional espanhola apresentar um projecto de recuperação do troço ferroviário entre Fregeneda e Barca D’Alva para exploração turística.

Segundo Javier Iglesias, que já tem o apoio do director regional de turismo de Castilla y León, Javier Ramírez, este será um projecto com um enorme impacto para a província espanhola que extrema com os territórios trasnfronteiriços de Vila Nova de Foz-Côa e Figueira de Castelo Rodrigo.

Segundo a proposta orçamental apresentada pelos dois organismos espanhóis, a recuperação deste troço de caminho-de-ferro custará cerca de 800.000 euros.

Javier Iglesias, citado pelo jornal Noticias de Castilla y Leon, disse que este é “um compromisso firme das entidades locais para recuperar essa grande obra de engenharia civil do século XIX, como um meio para revitalizar a região e ajudar a gerar projetos capazes de terem repercussão económica junto das populações locais”.

O projeto prevê a recuperação dos 17 km do famoso troço ferroviário que possui 10 pontes e 20 túneis, de forma a criar um percurso susceptível de ser desfrutado de forma lúdica e gerar uma experiência única num ambiente marcado pela pacatez e pela excelência da paisagem.

Um activo movimento de cidadãos, de que se destaca a associação Tod@via , tem vindo nos últimos tempos a reivindicar a recuperação deste troço ferroviário e todo o património a ele associado, como, por exemplo, a imponente estação de Barca D’Alva que entrou num processo de decadência e ruína que tem indignado os movimentos que pugnam pela defesa, valorização e recuperação do património ferroviário.

A concretizar-se, este projecto poderá dar complementaridade aos programas turísticos dos navios de cruzeiro que sobem o rio Douro e gerar uma nova mais valia económica para estes territórios de baixa densidade.

O troço internacional da Linha do Douro entre Fregeneda e Barca D’Alva encontra-se encerrado desde a década de 80 do Séc. XX, não tendo tido desde aí qualquer tipo de manutenção.

Fonte: Notícias do Nordeste   Pporto.pt